Make wishes.

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Utopicamente Falando.

Hoje estou comemorando mais uma vez o sentimento de dor denominado carência.
Carência é esta que sinto quando estou com saudade de você, é esta que aquece meus pensamentos refletidos apenas por seu nome, é     quando sinto teu abraço e percebo que tudo pertence a minha utopia de te ter ao meu lado.
Sonhei, pensei, ri, chorei, amei… são estes os verbos cujo sujeito é você, mas que pertencem ao pretérito de meu presente.
Quero chorar ao teu riso, apertar o teu abraço, amar o teu amor, conhecer o teu desconhecido. Agora a única maneira de estar ao teu     lado são as hipóteses que perturbam o meu pensar, os meus sonhos que me protegem de pesadelos. A tua voz é aquela que ecoa toda a noite me dizendo coisas malucas e que tenta me convencer de que logo isso acabará.
Será? Este forte sentimento que senti a tua presença sumirá, e quando isto acontecer, espero que volte. Espero que você volte e mate esta minha saudade de te ter, de te tocar. Quero a realidade, mas enquanto isso não acontece, prefiro morar em meus sonhos onde sabe-se lá se eu e você teremos um final. É o único lugar onde ainda ouço frequentemente um suave “eu te amo”.

Metáforas.

 

Estou amando ninguém, quebro o silêncio da ausência de imaginação ao meu lado.Ouço vozes que não sabem falar e penso em coisas que nem sabem sonhar. Então eu posso dizer que nunca sentirei falta deste dia solitário, de pensamentos vagos.
Mando cartas para ninguém, amo e conheço o desconhecido. Solitária noite é esta em que perguntas não são respondidas, que o vento bate e as estrelas somem. Vejo a luz que um dia alcançarei, monto perguntas que talvez sejam respondidas e por fim agradecerei por estar aqui, sozinha.
Nada mais é como quando enxerguei aquele vulto de paixão numa tarde de outono que junto às folhas amareladas caiu ao chão e nunca mais mostrou sua presença. O calendário já não está em setembro e o relógio me avisa que o tempo não voltará.
Quero ver o rosto de quem parou no tempo, reconhecer seus traços e fazer voltar aquilo que já não há. Neste momento finjo o sorriso que não deixa transparecer o que o coração pede. Já não tenho mais aquele desejo de me apoderar, quero me afastar.
Vou amar, vou abandonar, gaguejar, chorar, pensar, me arrepender, sofrer. Vou deixar imaginar. Há velas para incendiar mas agora só quero apagá-las, algumas folhas que o vento não levou estão aqui a me observar. Por metáforas, espero que entenderás. Só entenda que não vou deixar de amar.

Memórias.

Esqueci as lembranças do meu passado repleto de coisas que já não tenho mais. Esqueci daquele sorriso encorajado, do meu primeiro machucado, esqueci de quem vi, conheci. Não sei com quem brinquei ou ajudei. Agora guardo comigo estas fotos de uma certa criança que aparenta felicidade e tranquilidade, uma criança que traz bondade.
Não sei se aproveitei o colo de quem me deu. Não digo que sinto falta da infância porque nenhuma lembrança me ocorreu. Vejo a infância pelo que dizem, não pelo que me lembro. Agora só observo aquela criança a qual dizem que sou eu.
Tenho fotos e cartas que trazem meu nome ou uma vasta lembrança. E se já esqueci o que vivi, esquecerei o que vivo aqui?
Memórias de alguém que já vi, vultos de quem eu esqueci. Festas, sorrisos, lágrimas, brinquedos, pessoas ou amigos, tudo que já vivi, se perdeu no tempo onde tudo tinha um final feliz.
Quero reviver o que perdi, quero refazer o que só criança faz sem ser julgada, quero ser esta da foto, poder contar o que fiz com cada detalhe. Quero ver onde este fim se iniciou.

Um Falso Adeus?

Minha inspiração foi embora, a tinta acabou e o sonho se quebrou. O show terminou, a vida continuou. O que restou foram vastas imagens de lembranças.
Vivi o tempo que achei que era infinito, onde encontrei por trás deste rosto amargo um coração pulsante.
Estou indo para casa agora, de novo. Atraída pelas mentiras que presenciei e nem sequer desconfiei, fui iludida sem causas. Mas sei quem eu quero que me leve até em casa.
As mentiras que ouvi eram as verdades que sempre sonhei em escutar. As carícias que senti, essas sim eu nunca esqueci, e nunca esqueci de ti.
Esta ilusão me fez acreditar em cada palavra. Quero não acreditar neste falso amor a me enganar. De mim partiu o mais sincero sentimento, de ti, a melhor mentira. Você me deu o mundo para depois me abandonar. A ilusão que pensei durar para sempre nunca mais aparecerá.

Irreal.

Escrevi este nome irreal na areia gelada desta praia deserta. A brisa congela, o som das ondas acalmam, a saudade desperta.
Caminhei pela praia onde deveria existir um “eu e você”. O verão se foi, a música mudou, você também, mas o meu coração continua tendo o mesmo dono.
Fechei os olhos e lembrei, lembrei de mim, lembrei de ti, de nós. Desejei voltar para os teus braços e ter o único calor possível para me aquecer neste frio insano.
Queria ter a chance de ver todos os caminhos que chegam até você e poder escolher o único certo. Quero ver onde cada ação me leva, quero saber se tem algo que te traga até mim, novamente.
Voltei todos os dias à aquele lugar onde costumávamos nos encontrar nas tardes vazias. Sentei na mesma mesa de frente para o mar, com a esperança de te encontrar. Deixava à ti frases escritas em um fino guardanapo, com a esperança que voltasse ali e lesse-as. Apreciava o mar, o qual me lembrava cada lágrima derramada por saber que tive uma unica chance e a perdi.
Você não me avisou, não voltou, desapareceu e de nada se lembrou.
Sonhei contigo nesta noite solitária e fria, lembro de te abraçar, me perdoar, gaguejar e de uma lágrima você limpar.
Aonde está você? Por que não consigo mais te ver?
Guardo lembranças que não quero recordar, escrevo cada palavra com a esperança de te encontrar.

Insegurança.

Então eu quero correr agora, quero correr para não sentir, quero correr para não te ouvir. Quero fugir da realidade, quero me despedir das lembranças.
Palavras sem nexo e nomes em vão, tudo que se acumula se transformará em mais uma lágrima. Sinto falta dos momentos que o tempo levou e tenho medo de ver o que me restou.
Sorrisos falsos que escondem a verdade e olhares que transparecem a maldade. Não sei a quem recorrer, ninguém vai me entender. Preciso achar o final perfeito para uma história onde nada se encaixa.
Tento fugir, procuro entender, uma hora preciso de ti, outra hora nem quero te ver.
Quero um abraço, quero o teu carinho, mas não quero andar de novo neste mesmo caminho. Nada mais é como tudo aquilo que o tempo levou. Custarei até entender que o meu futuro não cruzará mais com o seu.
Roubaram meu coração, derrotaram meus sentimentos, preciso de uma chance para reverter este momento. Palavras que se vão, lágrimas que vêm, perdi meu coração, logo perderei você também.

Um Final Sem Fim.

Constantemente vejo em mim cada mania sua. Quero voltar para aquele chamego que ganhava quando estava contigo. Quero ser feliz ao seu lado. Quero um beijo não esperado, quero tua mão esquentando a minha, quero o amor que só tive contigo.
Queria ter feito que queria, devia. Quero parar de querer. Deveria ter morrido de amor.
Agora sem você, tenho ficado distraído, iludido. Durmo com aquela esperança de te ver novamente, durmo abraçado em seu cheiro doce, durmo sabendo o que é amor.
Quero ser feliz como eu fui contigo, quero cantar aquela canção com você.
Caminho de baixo d’agua à sua procura. Você não me vê, não como antes. Aquele teu jeio me surpreende. Te vejo rir, te vejo feliz como nunca foi comigo. É como se alguém tivesse me sufocado, fiquei sem ar. Estou sem você, e mesmo sabendo que não voltará, tenho a esperança de te ter de novo.
Quero você, quero não depender, quero aprender a viver. Confundo dependência com paixão, você me confunde. Aprenderei a não te ter, a ver-te feliz longe de mim. Aprenderei a escrever sobre saudade e o que foi felicidade.
Sonho um dia completar uma folha, com esta letra estremecida, com palavras que não me lembrem de ti. Tenho medo do que está por vir, de tudo que não suportarei enfrentar.
E este final que nunca chega me faz te esperar, sofrer, lembrar, deveria eu colocar um fim? E se algum dia te esquecer, será que deixarei de lembrar que te esqueci?
De que são feito os dias? De pequenos desejos, vagarosas saudades e silenciosas lembranças.

Processo de Esquecimento.

Passou, já não importa mais, não vou voltar em assuntos que eu já esqueci. Esperei muito tempo por tudo aquilo que não aconteceu. Corri para não mentir, gritei para não te ouvir. Sonhei que te vi.
As respostas que nunca encontrei, o amor que nunca te entreguei. Em um papel, te descrevi de uma maneira que não agiu, do modo que desejei. Apaguei. Pensei em frases perfeitas para te dizer, mas logo esqueci do mundo, meu pensamento persistia naquela tarde em que nos divertimos, agora quero te esquecer. Me afastei de você, lutei para não te ver.
Só agora que estou neste processo de esquecimento, ouvi sua voz chamar por meu nome, vi suas lágrimas de lembranças caírem sobre nossa música, ouvi seu coração bater por saudade daquela paixão que nunca fluiu, que nunca me mostrou. Você me fez esperar, me fez criar esperanças.
Quero responder por teu chamado, quero chorar ao teu lado, só não quero viver no passado. Então, não me chame mais uma vez porque não resistirei.

Ei, você.

Você que nunca sentiu, você que nunca me ouviu e simplesmente nunca me viu. Você, o insensível, você que nunca sofreu, que nunca se apaixonou, que não se importou. Você que só se enxergou mas que nunca sonhou. Você que fingiu, fugiu. Você que sempre mentiu, me assistiu, riu.
Você que me fez sonhar, acreditar, sofrer. Me fez amar. Você que nem tentou consertar, que os problemas fez o vento soprar. Isso tudo sem contar que recém começou, mas para mim você sempre será o primeiro e sonho que algum dia o melhor ainda chegará.
Me tornei boba, sensível. Agora tento fugir do seu olhar, quero me distanciar. Quero tua presença. Quero não te amar. Quero nunca mais te perder. Quero te esquecer, ou será que quero esquecer de te esquecer?
Quero e sempre quis o teu amor que nunca tive. Quero teu olhar,poder parar de te imaginar. Quero parar de soluçar, parar de pensar, um nome para cantarolar.

Medo de Sonhar

Há um tempo atrás te desenhei, nos desenhei. Te inventei, te criei, te fiz perfeito. Sonhei com você e resolvi passar pro papel, te fazer real. Mas quem é você que me persegue? Por que apareces para mim?
Não sinto teu cheiro mas já conheço teu perfume, de um modo,já conheço teu olhar. E você me conhece, cada mania e detalhe, minhas imperfeições.
Imagino que sejas meu subconsciente que me faz fugir dos problemas da realidade, para o irreal, o ideal. Te desenhei para te trazer para a realidade, para me acompanhar, para poder te ver quando estou de olhos abertos e poder te recordar com mais detalhes. Queria te trazer à vida. Queria ouvir tua voz e conseguir me lembrar de tuas palavras, queria sentir teu abraço, teu calor. Queria. Não quero mais. Não que eu tenha desistido, mas pelo fato de enchergar em você alguém o qual não queria lembrar, alguém que me fez sonhar e me ensinou a amar.
No meio desta nuvem de ilusões, você me fez recordar. Descobri de onde sabia teu perfume e como decorei teu olhar. Indecisão. Sonhar com você me fará sofrer ou me ajudará a entender? Só não consigo nao te querer. Quero um bis do teu abraço, quero repetir o mal interpretado. Fale para mim, por que continua aqui? Por que não te esqueci?